Tratamento
Não há qualquer
antiveneno específico!
Campanha publicitária referente ao produto de marca Stingose que contém sulfato de alumínio na sua constituição e ajuda a aliviar a dor e o prurido. [Link]
Utilização de gelo para aliviar a dor [Link]
Errada utilização de álcool pois aumenta a libertação de veneno [Link]
Esquemas representativos da eficiência dos vários tipos de tratamentos baseados no grau de evidência científica de acordo com a Agency for Healthcare Research and Quality:
A. Ensaios clínicos aleatórios;
B. Estudos emparelhados;
C. Estudos observacionais com controlos;
D. Estudos sem controlos, baseados em fisiologia e ciência básica, casos reportados e opinião de especialistas. Adaptado de [1]
Ao contrário do que acontece nas picadas de abelhas, a resposta imunitária do organismo não é mediada por IgE (responsável pelas reações anafiláticas), mas sim por toxinas que destroem células diretamente, o que faz com que a adrenalina não seja necessariamente usada para o tratamento de picadas de caravelas, podendo o seu uso nestes casos revelar-se perigoso. [2]
Estrutura química da adrenalina.
Adaptado de PubChem.
Existem estudos contraditórios quanto ao uso de vinagre ou outros compostos acídicos para aliviar a dor resultante das picadas. Sabia-se que diminuía a dor e que inibia a libertação de nematocistos dos tentáculos, mas, mais tarde, observou-se que causava libertação de nematocistos em espécies australianas com múltiplos tentáculos a um nível de 2 numa escala até 5. [3]
Como é difícil distinguir espécies com múltiplos ou apenas um tentáculo, diz-se que não se deve usar vinagre para nenhuma espécie e álcool também não. [3]
Se a dor persistir:
Aplicação dum anestésico local na forma de pomada (exemplo: lidocaína a 5%) [3]
Outros tratamentos:
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Em caso de dor intensa e manifestações gerais administra-se analgésicos (paracetamol e/ou opióides), corticosteróides e/ou ansiolíticos (benzodiazepinas).
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Antihistamínicos podem ser usados para o controlo sintomático dos efeitos da histamina como por exemplo os sinais de depressão respiratória. [5]
Tratamento de suporte semelhante aos casos de choque anafilático
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Manutenção das vias aéreas;
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Oxigenação;
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Manutenção do equilíbrio volémico;
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Administração de adrenalina só se estritamente necessário. [5]
1. O nadador salvador deve retirar os tentáculos aderentes à pele com luvas.
2. Alguns tratamentos sugeridos, apesar da controvérsia:
Mergulhar a zona afetada em água quente saturada com sais de Epsom por 20 minutos.
ou
Água do mar fria com 5% de ácido acético ou hidrogenocarbonato de sódio. [4]
Referências bibliográficas:
[1] Cegolon L, Heymann WC, Lange JH, Mastrangelo G (2013) Jellyfish Stings and Their Management: A Review. Marine Drugs 11:523-550. doi: 10.3390/md11020523
[2] Palermo E (2015) How Not to Get Stung by a Portuguese Man-of-War. Live science. http://www.livescience.com/51418-man-of-war-sting-tips.html. Acedido 31 março 2016
[3] Tibballs J (2006) Australian venomous jellyfish, envenomation syndromes, toxins and therapy. Toxicon 48:830-859
[4] Tipton M, Wooler A (2016) The Science of Beach Lifeguarding. CRC Press
[5] Giordano AR, Vito L, Sardella, P (2005) Complication of a Portuguese Man-of-War Envenomation to the Foot: A Case Report, The Journal of Foot & Ankle Surgery 44(4):297-300